Traido pelo cadarço do sapato de trapo.
Vende-se. Tudo esta a venda. O mijo vai ricocheteando na cara enquanto me seguro nas placas e olho a calçada.
Muita imagem pra não dizer muita coisa.
A luz que não seduz.
Na boca divido o chicletes em dois. Corte perfeito, na falha e no depois. Metade no céu, metade pro lixo. A boca vai de quadrado.
A janela sorri aberta, dois pontos a mais pro asfalto.
Um fio interliga a derrota e a vitória de uma década. A linha da goma.
Sobre os pés descalços que tropeçam.
Surpreendentemente gigantes para reconhecerem o pequeno.
Pelo paradoxo do ego, na missa do sétimo.
Quem perde dente chora pra quem troca o filho pelo vomito que cobre a criação.
A musica regride na contagem regressiva.
A humanidade tambem, que necessita ser criança para não matar.
Para mentir com gosto de verdade fantasiando o que não se conhece.
Turista e fantasma na cidade que cresce.