sábado, 25 de agosto de 2007

Sida de goma

Traido pelo cadarço do sapato de trapo.

Vende-se. Tudo esta a venda. O mijo vai ricocheteando na cara enquanto me seguro nas placas e olho a calçada.

Muita imagem pra não dizer muita coisa.

A luz que não seduz.

Na boca divido o chicletes em dois. Corte perfeito, na falha e no depois. Metade no céu, metade pro lixo. A boca vai de quadrado.

A janela sorri aberta, dois pontos a mais pro asfalto.

Um fio interliga a derrota e a vitória de uma década. A linha da goma.

Sobre os pés descalços que tropeçam.

Surpreendentemente gigantes para reconhecerem o pequeno.

Pelo paradoxo do ego, na missa do sétimo.

Quem perde dente chora pra quem troca o filho pelo vomito que cobre a criação.

A musica regride na contagem regressiva.

A humanidade tambem, que necessita ser criança para não matar.

Para mentir com gosto de verdade fantasiando o que não se conhece.

Turista e fantasma na cidade que cresce.

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