quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

VIDA EM VERMELHO...



Das calçadas descalças brota o sangue borbulhante

Cru com revestimento de pús

Das insônias acumuladas

Dos cafés da manhã a base de Prozac

Os bueiros agora estão cuspindo os segredos

Dos selvagens que se adaptaram aos seus medos

O cotidiano em preto e branco

Da poluição das nuvens que urinam ácido

Precisa agora se adaptar ao vermelho

Com a cegueira que não impede de se olhar no espelho

As cabeças rolaram

Mas a arte continuou moderna

Nenhum comentário: