Das calçadas descalças brota o sangue borbulhante
Cru com revestimento de pús
Das insônias acumuladas
Dos cafés da manhã a base de Prozac
Os bueiros agora estão cuspindo os segredos
Dos selvagens que se adaptaram aos seus medos
O cotidiano em preto e branco
Da poluição das nuvens que urinam ácido
Precisa agora se adaptar ao vermelho
Com a cegueira que não impede de se olhar no espelho
As cabeças rolaram
Mas a arte continuou moderna
Nenhum comentário:
Postar um comentário