domingo, 25 de novembro de 2007

E come dirà qualcuno...



O cliente e Deus
Acendo meu charuto enquanto o cliente senta à minha frente Sua gravata é tão barata quanto o meu tabaco Com um ar cansado e um olhar opaco Promete-me a alma se eu livrar o filho delinquente Sua alma não paga estas baforadas de fumaça que direciono à sua cara Minha lei admite apenas o dinheiro como critério Lugar de vagabundo e na cadeia ou jazindo em um cemiterio 20 anos passam rápido comendo azedo e saciando tara Meu senhor, pra quem nao se adapta a vida é crua A honra e o carater não cobrem o cacife deste jogo Bata à porta do diabo, prometa-lhe fidelidade Mas lembre-se, não encare seus olhos de fogo Agora preciso falar à minha secretaria, voltar à realidade Minha querida, para mim um café forte e para este velho a porta da rua



O cliente e o Diabo
Mais um copo do liquido precioso Não se preocupe, beba sem medo Pra acabar com a dor nunca é cedo Aniversário se comemora em jantar luxuoso Acenda mais um charuto nobre Aceite este dinheiro ou sua filha dormira no chão Nao vejo motivo para tanta preocupação De que vale esta orgulhosa honra sendo um fétido pobre ? Hoje aumenta um ano em sua coleção Sua mulher sem joias no pescoco lhe deixará em breve Você nao é mais criança para acreditar em movimentos e greves A escolha foi feita, nao se arrenderá por ter beijado a minha mão As lagrimas que virão no inicio Representam um curto periodo de adaptação Não mais se lembrará delas quando estourar o champagne do primeiro milhão Comer cifras, bem-vindo seja o novo vício

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