Destino não vem preciso
Sei que a cidade terminava em U forte
Todos vomitados sobre os vagões
Todos os dias eram sabados naquela época
Que ilusão
A simples lembrança causa angustia
Ansiedade com o que sobrou do passado
Talvez pelas doenças que vem chegando com a idade
Que dificultam a simples digestão de um frango desfiado
Principalmente quando o homem passa a ser um ruminante
Com um estomago poligastrico cheio de azia
Ruminando o orgulho, a inveja
Ruminantia Borghesis
Isso é loucura
Sentir falta das viagens
Morando num prédio inteligente assistido por máquinas inteligentes
Quando os dias são domingos ou segundas ou quartas
E os cozidões substituídos por sopinha
Dos pensamentos de revolução pós-primeira dose
Sinceros na paisagem das janelas
Que nem era tão bela assim
Esvaziados pelo ainda monogástrico estômago ainda saudável
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