domingo, 25 de novembro de 2007

FARMÁCIA



Absorvo a chantagem extinguindo carreiras
Sigo caindo sem controle sobre a pista de gelo
Estilhaçando o promissor casamento
Ferindo a cabeça em intransponíveis barreiras
As apostas seguem bem cotadas
A ruína e o fracasso não são a zebra
Vamos ensaiar outra vez
Meu antigo ídolo vive em um sanatório
Não espera mais o capim chegar
Pediu rescisão antes de acertar
A fobia rende-me uma úlcera monomotor
Com poder infrequente numa terra que não se move
Quantas pulgas me respeitarão sarnento ?
O código de honra não sabe qual direção tomou meu ônibus
Eu não posso dirigir, ignóbil intérprete
Inverti as molduras da sala de estar
Tornei-me iconoclasta com carteira de sócio
Quero gravatas listradas, o troco em moedas
Por favor, o senhor pode passar na minha frente
Só vim comprar morfina e biscoitos
Posso pagar a prazo com sorrisos ?
Um por mês, durante um ano
Tenho pressa, vou assistir a um patético episódio teatral
Comprei as entradas juntando envelopes de açucar
Um negócio da China, às margens do câmbio negro

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